Sensações do meditar
SENSAÇÕES: Sensação de estabilidade e fluidez, o “não-ser” por alguns instantes, vontade indescritível de permanecer no estado meditativo, momento de purificação das emoções e pensamentos, um esbanjar de tempo quando todos dizem estar sem tempo, sutilização dos pensamentos, uma vivência indescritível da sensação de plenitude, transcender densidades dos corpos de manifestação da consciência, um despertar do sonambulismo racional, a consciência pura, o vislumbre da realidade sob um novo prisma, abertura a novas experiências, confrontar medos, perceber o quanto somos suscetíveis a coisas pequenas, entre muitas outras sensações de difícil descrição.
APENAS PALAVRAS: Podemos até tentar expor em palavras o que sentimos ao meditar, no entanto serão apenas palavras ao vento. Desde sempre, o Yôga (cultura na qual está inserida a meditação) é prático, portanto a vivência plena das técnicas ocorre através das práticas, deixando de lado as teorias para que se possa através da consciência e do sensorial tirar as próprias conclusões. A meditação é puramente vivencial e cada ser humano terá sensações bem diferentes dependendo da sua estrutura biológica. O objetivo da meditação é a parada dos pensamentos e isso se dá através de técnicas de concentração que visam a saturação mental.
BOICOTE: Quem diz não ter tempo para a técnica de meditação está boicotando a própria evolução. Se destinássemos apenas 10 minutos, eu disse 10 minutos (10 minutos a menos de televisão, 10 minutos a menos de bate-papo inútil na internet ou 10 minutos de sono) a essa técnica, estaríamos investindo em nossa qualidade de vida e autoconhecimento. Desta forma estaremos desfrutando de algo que é extremamente sutil, intangível e bastante valorizado nos dias atuais.
A TÉCNICA: Para que você estabeleça um compromisso consigo mesmo e mantenha a disciplina, o importante é começar com poucos minutos. Que tal 2 minutinhos pela manhã ao acordar e à noite antes de dormir? Com o passar dos meses acrescenta-se minuto a minuto, até chegar aos 10 minutos. A técnica consiste em focar a consciência em apenas um objeto até que os pensamentos parem. Por exemplo: faça um triângulo numa folha de papel e cole na parede, bem na altura dos seus olhos. Sente-se com as costas eretas e as pernas cruzadas, numa posição firme e confortável. No início você perceberá o quão dispersa é a sua mente, mas persista focando apenas no objeto escolhido. Nos primeiros 30 segundos será muito fácil, mas logo em seguida aparecerão dispersões de diversos meios: físico, emocional, mental. É por este motivo que num Yôga autêntico, antes de proceder à meditação, temos diversos feixes de técnicas que proporcionam a estrutura necessária para uma evolução segura e acelerada.
CONCLUSÃO: Mesmo enfatizando a importância da meditação, não é aconselhado que você faça apenas esta técnica, pois ela estaria fora do seu contexto, que é o Yôga. Portanto, procure uma escola séria desta filosofia, com profissionais formados e obtenha as informações necessárias para um seguro desenvolvimento pessoal.
Escrito por Lucas Ferreira.